domingo, 29 de julho de 2012

FOLCLORE: uma cultura viva


Olá,
fazendo uma pesquisa sobre Folclore encontrei um trabalho bem completo e interessante desenvolvido por estudantes do curso de Pedagogia das Faculdades Porto-Alegrenses, sob a orientação da Profª Dra.Márcia Amaral Corrêa. São elas Adriane Cachambu, Alda Maria Branco Carlos, Andréia Costa Fratini, Denise Rezes Fernandes,Luciane G. Zachazeski,Tatiane Rocha,Tatiane Spolavori.
          O título do trabalho é O FOLCLORE E A EDUCAÇÃO. Aqui estarei postando apenas um recorte do trabalho. Quem tiver interesse e oportunidade acesse o LINK e confira o trabalho na íntegra.
Considerando que as tendências pedagógicas mais recentes consideram a importância da valorização do contexto sociocultural da criança para a sua melhor aprendizagem, pensamos em abordar o conceito e o reconhecimento do trabalho pedagógico com base nas manifestações do saber popular, o folclore. Para um melhor entendimento, serão discutidos seu conceito, características e sua relação com a educação.
Para tanto, faz-se necessária a identificação do significado da palavra folclore, que tem sua origem na língua inglesa: “folk” = povo e “lore” =conhecimento. Logo, podemos entendê-lo previamente como o conhecimento que vem do povo, ou popular. Atualmente, em alguns países, cultiva-se a idéia de que faz parte do folclore apenas o que pode ser transmitido através da linguagem oral e informal, e não dentro do ambiente escolar. No entanto, a Constituição Federal Brasileira expressa, em seus artigos 215 e 216, o seguinte:
Art. 215: O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais;
Art. 216: Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens materiais e imateriais,tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira nos quais se incluem:
I - as formas de expressão;
II - os modos de criar, fazer e viver;
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
Nesse sentido, as crenças, lendas, costumes e tradições são bens imateriais, que compõem o patrimônio cultural; logo, estão protegidos juridicamente pelo texto
constitucional citado. Trata-se assim de bens imateriais difusos de uso comum do povo e que podem ser protegidos pela ação civil pública através da Lei 4.3/85. A mitologia, as crendices, as lendas, os folguedos, as danças regionais, as canções populares, as histórias populares, os costumes populares, a religiosidade popular ou os cultos populares, a linguagem típica de uma região, a medicina popular, o artesanato etc., fazem parte do patrimônio cultural brasileiro, sendo representado através das manifestações folclóricas.
No Brasil, há um consenso quanto a esse reconhecimento, pois estudiosos entendem que folclore é o conjunto de manifestações de caráter popular de um povo e constituem fato folclórico as maneiras de pensar e agir desse povo, preservadas pela tradição popular e pela imitação transmitidas de geração a geração. O fato folclórico tem uma série de características próprias: a primeira é o anonimato, isto é, não tem autor conhecido, não foi feito por alguém especificamente; a segunda característica é a aceitação coletiva, que despersonaliza o autor. O povo, aceitando o fato, toma-o para si, considerando-o como seu, modifica-o e transforma-o, dando origem a inúmeras variantes. Assim, uma história é contada de várias maneiras, uma cantiga tem trechos diferentes na melodia, os acontecimentos são alterados e o próprio povo diz: "Quem conta um conto acrescenta um ponto". A mesma coisa acontece com as danças, os teatros e a técnica. Tudo pode ser modificado, porque o povo dança, mas suas danças não têm regulamento. A terceira característica é a transmissão oral, isto é, a que se faz de boca em boca. A quarta característica é a tradicionalidade, não no sentido de um tradicional acabado, coisa passada, sem vida, mas de uma força de coesão interna que define o modelo do conglomerado, da região, do povo, e lhe dá uma unidade. Sem se poder valer de outros expedientes, como professores, escolas, imprensa, as pessoas do povo se valem da tradição, veiculada pela transmissão oral, a fim de resolver suas situações, buscando na lição vinda do passado o que precisam saber no presente. Por fim, a quinta característica é a funcionalidade: tudo quanto o povo faz tem uma razão, um destino, uma função. O povo nada realiza sem motivo, sem um determinante estritamente ligado a um comportamento, a uma norma psico-religiosa-social, cujas origens talvez se perderam nos tempos. A cultura popular pode intervir como elemento moderador no processo cultural, pois dispõe de instrumentos próprios para o equilíbrio necessário ao seu harmônico desenvolvimento, já que, como diz Carneiro (apud BRANDÃO, 1982, p. 84) “A valorização do folclore, o reconhecimento da importância das manifestações populares na formação do lastro cultural da nação, constituem procedimentos capazes de assegurar as opções necessárias ao seu desenvolvimento”.
Dessa forma, é preciso uma reflexão na formação docente, bem como em sua prática, tendo em vista que esse assunto tem suscitado dúvidas quanto a sua aplicação no contexto escolar. Há uma falta de conhecimento por parte dos professores, diretores e corpo docente sobre a especificidade do tema.Normalmente esse assunto é abordado com os alunos somente em agosto, mês em
que se comemora o folclore. Essa abordagem, quase sempre superficial, embasa-se em livros didáticos, que, na maioria das vezes, encontram-se desatualizados, demonstrando, dessa forma, um trabalho estanque e descontextualizado da realidade. O folclore ainda não é visto como parte da vida de todos nós. Há uma certa resistência em aceitá-lo, pois, além de ser visto como uma curiosidade, é considerado por boa parte dos indivíduos como um atraso. A ideia que se tem é de que o mesmo é algo do passado, que conserva os costumes, tradições e lendas de um povo. Ele não é analisado como um imenso leque de temas que fazem parte da nossa cultura, uma cultura que está em constante processo de transformação. Precisamos mudar esta realidade e partirmos do pressuposto de que o folclore é uma cultura viva e dinâmica, que faz parte do nosso cotidiano, embora muitas vezes passe despercebido e seja visto somente nos aspectos ligados a superstições e crendices. Ele se estende a muito mais do que isso: podemos encontrá-lo na linguagem, nos gestos, no lúdico, nas vestimentas, na literatura, na medicina. Seu campo é muito vasto. E é a partir dessa amplitude que o professor deve apropriar-se do folclore e levá-lo para a sua sala de aula.
Acesso em 29/07/2012.

sábado, 28 de julho de 2012

Folclore: TRAVA - LÍNGUAS

Olá,
Agosto (mês do folclore) já está se aproximando então vou postar algumas coisas sobre o tema. O Folclore Brasileiro é muito rico e nos fornece oportunidade de diversificar o trabalho em sala.
Já tem postado no blog um encaminhamento com Parlendas para visualizá-lo clique AQUI.
Hoje vou postar alguns Trava-línguas que são de extrema importância para que as crianças conheçam parte do nosso folclore, espero que aproveitem e lembrem-se de deixar um comentário.
Beijos.

Trava-línguas

Você já pensou como falar é importante? Se a gente não pronunciar com clareza as palavras, ninguém entende o que falamos, não é mesmo? Pois agora você e seus amigos têm um desafio a ser enfrentado neste jogo com as palavras: o trava-línguas. É uma brincadeira muito antiga e que existe no folclore de todos os povos. Como é que uma palavra pode travar, prender, enroscar a nossa língua? É só ler em voz alta e o mais rápido que conseguir os trava-línguas aí escritos...

No cume daquele morro
No cume daquele morro tem uma cobra enrodilhada, quem a cobra desenrodilhar bom desenrodilhador será.

 O pinto pia
O pinto pia, a pia pinga. Pinga a pia, pia o pinto. Pinto pia, pia pinga. Quanto mais o pinto pia, mais a pia pinga.

O caju do Juca
O caju do Juca e a jaca do cajá; o jacá da Juju e o caju do Cacá.

 Quando digo “digo”
Quando digo “digo”, digo “digo”, não digo “Diogo”. Quando digo “Diogo”, digo “Diogo”, não digo “digo”.

O Juca ajuda
O Juca ajuda: encaixa a caixa, agacha, engraxa.

Fonte: Folclore brasileiro infantil. Barueri, SP: Girassol, 2006.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

quarta-feira, 25 de julho de 2012

DIA DO ESCRITOR

Dedico este post especialmente para aqueles colegas que dedicam-se a iluminar e desenvolver o imaginário de adultos e crianças.

Parabéns 

Aluísio Cavalcante -             http://sonhosdeumprofessor.blogspot.com.br/
                                                http://semvoceeunaoseria.blogspot.com.br/

 Dadá -                                     http://umahistorinhapordia.blogspot.com.br/


 João Belo -                              http://joaobellomaravilha.blogspot.com.br/

 Kunti/Elza Ghetti Zerbatto - http://jardimdaspoesiasinfantis.blogspot.com.br/ 

Minéia Pacheco -                   http://historiaparacriancalerouviresonhar.blogspot.com.br/ 

 

Neusa Maria Tamborlin


Terezinha Guimarães -       http://poetizarpoetizar.blogspot.com.br/


Virgínia -                             http://virginialetraseimpressoes.blogspot.com.br/


Parabéns a esses e a tantos outros brilhantes escritores que iluminam nosso viver. Beijos à todos



RETORNO ÀS AULAS

Voltando com muita energia e animação total.

Que este segundo semestre letivo seja produtivo e mágico para todos nós.
Beijos a todos visitam este blog.